quinta-feira, 9 de março de 2017

O soluço de um bilhão de almas

O soluço de um bilhão de almas


Diz-se que Martinho Lutero tinha um amigo íntimo, cujo nome era Miconio. Ao ver Lutero sentado dias a fio trabalhando no serviço do Mestre, Miconio ficou penalizado e disse-lhe: "Posso ajudar mais onde estou; permanecerei aqui orando enquanto tu perseveras incansavelmente na luta." Miconio orou dias seguidos por Martinho. Mas enquanto perseverava em oração, começou a sentir o peso da própria culpa. Certa noite sonhou com o Salvador, que lhe mostrou as mãos e os pés. Mostrou-lhe também a fonte na qual o purificara de todo o pecado. "Segue-me!" disse-lhe o Senhor, levando-o para um alto monte de onde apontou para o nascente. Miconio viu uma planície que se estendia até o longínquo horizonte. Essa vasta planície estava coberta de ovelhas, de muitos milhares de ovelhas brancas. Somente havia um homem, Martinho Lutero, que se esforçava para apascentar a todas. Então o Salvador disse a Miconio que olhasse para o poente; olhou e viu vastos campos de trigo brancos para a ceifa. O único ceifador, que lidava para segá-los, estava quase exausto, contudo persistia na sua tarefa. Nessa altura, Miconio reconheceu o solitário ceifeiro, seu bom amigo, Martinho Lutero! Ao despertar do sono, tomou esta resolução: "Não posso ficar aqui orando enquanto Martinho se afadiga na obra do Senhor. As ovelhas devem ser pastoreadas; os campos têm de ser ceifados. Eis-me aqui, Senhor; envia-me a mim!" Foi assim que Miconio saiu para compartilhar do labor de seu fiel amigo.
Jesus nos chama para trabalhar e orar. É de joelhos que a Igreja de Cristo avança. Foi Lionel Fletcher quem escreveu:
"Todos os grandes ganhadores de almas através dos séculos foram homens e mulheres incansáveis na oração. Conheço como homens de oração quase todos os pregadores de êxito da geração atual, tanto como os da geração próxima passada, e sei que, igualmente, foram homens de intensa oração.
"Certo evangelista tocou-me profundamente a alma quando eu era ainda jovem repórter dum diário. Esse evangelista estava hospedado em casa de um pastor presbiteriano. Bati à porta e pedi para falar com o evangelista. O pastor, com voz trêmula e com o rosto iluminado por estranha luz, respondeu:
"Nunca se hospedou um homem como ele em nossa casa. Não sei quando ele dorme. Se entro no seu quarto durante a noite para saber se precisa de alguma coisa, encontro-o orando. Vi-o entrar no templo cedo de manhã e não voltou para as refeições.
"Fui à igreja... Entrei furtivamente para não perturbá-lo. Achei-o sem paletó e sem colarinho. Estava caído de bruços diante do púlpito. Ouvi a sua voz como que agonizante e comovente instando com Deus em favor daquela cidade de garimpeiros, para que dirigisse almas ao Salvador. Tinha orado toda a noite; tinha orado e jejuado o dia inteiro.
"Aproximei-me furtivamente do lugar onde ele orava prostrado, ajoelhei-me e pus a mão sobre seu ombro. O suor caía-lhe pelo corpo. Ele nunca me tinha visto, mas fitou-me por um momento e então rogou: 'Ore comigo, irmão! Não posso viver se esta cidade não se chegar a Deus.' Pregara ali vinte dias sem haver conversões. Ajoelhei-me ao seu lado e oramos juntos. Nunca ouvira alguém insistir tanto como ele. Voltei de lá assombrado, humilhado e estremecendo.
"Aquela noite assisti ao culto no grande templo onde ele pregou. Ninguém sabia que ele não comera durante o dia inteiro, que não dormira durante a noite anterior. Mas, ao levantar-se para pregar, ouvi diversos ouvintes dizerem: 'A luz do seu rosto não é da terra!' E não era mesmo. Ele era conceituado instrutor bíblico, mas não tinha o dom de pregar. Porém, nessa noite, enquanto pregava, o auditório inteiro foi tomado pelo poder de Deus. Foi a primeira grande colheita de almas que presenciei."
Há muitas testemunhas oculares do fato de Deus continuar a responder às orações como no tempo de Lutero, Edwards e Judson. Transcrevemos aqui o seguinte comentário publicado em certo jornal:
"A irmã Dabney é uma crente humilde que se dedica a orar... Seu marido, pastor de uma grande igreja, foi chamado para abrir a obra em um subúrbio habitado por pobres. No primeiro culto não havia nenhum ouvinte: somente ele e ela assistiram. Ficaram desenganados. Era um campo dificílimo: o povo não era somente pobre, mas depravado também. A irmã Dabney viu que não havia esperança a não ser clamar ao Senhor, e resolveu dedicar-se persistentemente à oração. Fez um voto a Deus que, se Ele atraísse os pecadores aos cultos e os salvasse, ela se entregaria à oração e jejuaria três dias e três noites, no templo, todas as semanas, durante um período de três anos.
"Logo, que essa esposa de um pastor angustiado começou a orar, sozinha, no salão de cultos, Deus começou a operar, enviando pecadores, a ponto de o salão ficar superlotado de ouvintes. Seu marido pediu que orasse ao Senhor e pedisse um salão maior. Deus moveu o coração de um comerciante para desocupar o prédio fronteiro ao salão, cedendo-o para os cultos. Continuou a orar e a jejuar três vezes por semana, e aconteceu que o salão maior também não comportava os auditórios. Seu marido rogou-lhe novamente que orasse e pedisse um edifício onde todos quantos desejassem assistir aos cultos pudessem entrar. Ela orou e Deus lhes deu um grande templo situado na rua principal desse subúrbio. No novo templo, também a assistência aumentou a ponto de muitos dos ouvintes serem obrigados a assistir às pregações de pé, na rua. Muitos foram libertos do pecado e batizados."
Quando os crentes sentem dores em oração, é que renascem almas. "Aqueles que semeiam em lágrimas, com júbilo ceifarão."
"O soluço de um bilhão de almas na terra me soa aos ouvidos e comove o coração; esforço-me, pelo auxílio de Deus, para avaliar, ao menos em parte, as densas trevas, a extrema miséria e o indescritível desespero desses mil milhões de almas sem Cristo. Medita, irmão, sobre o amor do Mestre, amor profundo como o mar; contempla o horripilante espetáculo do desespero dos povos perdidos, até não poderes censurar, até não poderes descansar, até não poderes dormir."
Sentindo as necessidades dos homens que perecem sem Cristo, foi que Carlos Inwood escreveu o que lemos acima, e é por essa razão que se abrasa a alma dos heróis da igreja de Cristo através dos séculos.
Na campanha de Piemonte, Napoleão dirigiu-se aos seus soldados com as seguintes palavras: "Ganhastes sangrentas batalhas, sem canhões, atravessastes caudalosos rios sem pontes, marchastes incríveis distâncias descalços, acampastes inúmeras vezes sem coisa alguma para comer, tudo graças à vossa audaciosa perseverança! Mas, guerreiros, é como se não tivéssemos feito coisa alguma, pois resta ainda muito para alcançarmos!"
Guerreiros da causa santa, nós podemos dizer o mesmo: é como se não tivéssemos feito coisa alguma. A audaciosa perseverança é-nos ainda indispensável; há mais almas para salvar atualmente do que no tempo de Müller, de Livingstone, de Paton, de Spurgeon e de Moody.
"Ai de mim, se não anunciar o Evangelho!" (1 Coríntios 9.16).
Não podemos tapar os ouvidos espirituais para não ouvir o choro e os suspiros de mais de um bilhão de almas na terra que não conhecem o caminho para o lar celestial.


Bibliografia:


BOYER, Orlando. Heróis da Fé – Vinte Homens Extraordinários que Incendiaram o Mundo. 2ª ed. Rio de Janeiro: CPAD. 1986, pgs 5 – 8.

quarta-feira, 8 de março de 2017

O Salvador espera e o mundo carece

O Salvador espera e o mundo carece


"Foi quando Stanley Smith e Carlos Studd se hospedaram em nossa casa, que iniciei o maior período de bênçãos da minha vida. Antes eu era crente precipitado e inconstante: às vezes ardia de entusiasmo, para depois passar dias inteiros triste e desanimado. Percebi que esses dois jovens possuíam uma coisa que eu não tinha: algo que lhes era uma fonte perene de sossego, força e gozo. Nunca me esquecerei de uma manhã, no mês de novembro, ao nascer o sol, quando a luz entrava pela janela a dentro do quarto, onde eu meditava sobre as Escrituras desde a madrugada. A palestra que tive, então, com os dois moços, influenciou o resto da minha vida. - Não devia eu fazer o que eles tinham feito?
"— Não devia eu ser, também, um vaso (apesar de ser barro) para o uso do Mestre?"
Assim escreveu o amado e santo pregador F. B. Meyer, sobre a mudança da sua vida que resultou em tanta glória para Cristo, na Terra. Iniciamos a leitura das biografias de alguns dos maiores servos de Deus. - Não devemos reler e meditar sobre a fiel vida de Savonarola, a estupenda obra de Lutero, o zelo incansável de Wesley, o grande avivamento de Edwards... enfim, sobre cada história? Não devemos deixar cada herói hospedar-se conosco, como Stanley Smith e Carlos Studd hospedaram-se na casa de F. B. Meyer, para nos falarem e influenciarem, transformando-nos profundamente para todo o resto da vida?
Isso é o que o Salvador espera e que o mundo carece.



 Bibliografia:

BOYER, Orlando. Heróis da Fé – Vinte Homens Extraordinários que Incendiaram o Mundo. 2ª ed. Rio de Janeiro: CPAD. 1986, pg 5



terça-feira, 7 de março de 2017

Livro Heróis da Fé - Orlando Spencer Boyer.

Apresentação


"Visitei o velho templo de Nova Inglaterra onde Jônatas Edwards pregou o comovente sermão: ''Pecadores nas mãos de um Deus irado". Edwards segurava o manuscrito tão perto dos olhos, que os ouvintes não podiam ver-lhe o rosto. Porém, com a continuação da leitura, o grande auditório ficou abalado. Um homem correu para a frente, clamando: Sr. Edwards, tenha compaixão! Outros se agarraram aos bancos, pensando que iam cair no Inferno. Vi as colunas que eles abraçaram para se firmarem, pensando que o Juízo Final havia chegado.

"O poder daquele sermão não cessa de operar no mundo inteiro. Mas convém saber algo mais da parte da história geralmente suprimida. Imediatamente antes desse sermão, por três dias Edwards não se alimentara; durante três noites não dormira. Rogara a Deus sem cessar: 'Dá-me a Nova Inglaterra!' Ao levantar-se da oração, dirigindo-se para o púlpito, alguém disse que tinha o semblante de quem fitara, por algum tempo, o rosto de Deus. Antes de abrir a boca para proferir a primeira palavra, a convicção caiu sobre o auditório."

Assim escreveu J. Wilbur Chapman acerca de Jônatas Edwards. Esse célebre pregador, contudo, não foi o único que lutou com Deus em oração. Ao contrário, depois de ler cuidadosamente as biografias de alguns dos maiores vultos da Igreja de Cristo, concluímos que nunca se pode atribuir o êxito de qualquer deles unicamente a seus próprios talentos e força de vontade. Certamente um biógrafo que não crê no valor da oração, nem conhece o poder do Espírito Santo que opera nos corações, não mencionaria a oração como sendo o verdadeiro mistério da grandeza dos heróis da fé.

Lemos, por exemplo, dois livros, bem escritos, da vida de Adoniram Judson. Quando estávamos quase a concluir que houvesse alguns verdadeiros heróis da Igreja, realmente grandes em si mesmos, encontramos outra biografia dele, escrita por um de seus filhos, Eduardo Judson. Nessa preciosa obra descobre-se que esse talentoso missionário passava diariamente horas a fio, de noite e de madrugada, em íntima comunhão com Deus, em oração.

- Qual é, então, o mistério do incrível êxito dos heróis da fé, da Igreja de Cristo? - Esse mistério foi a profunda comunhão com Deus que esses homens observaram.
Confessamos que a bibliografia abaixo muito nos inspirou ao escrever este livro:

Jerônimo Savonarola: Lawson.
Martinho Lutero: Lindsay, Lima, Olson, Stwart, Canuto, Saussure, Knight-
Anglin e Frodsham.
João Bunyan: Gulliver e Lawson.
Jônatas Edwards: Allen, Hickman e Howard.
João Wesley: Beltaz, Lawson, Telford, Miller, Fitchett, Winchester, Joy e Buyers.
Jorge Whitefield: Gledstone, Lawson e Olson.
Davi Brainerd: Smith, Harrison, Lawson e Edwards.
Guilherme Carey: Harrison, Dalton, Olson e Marshman.
Christmas Evans: Davis e Lawson.
Henrique Martyn: Harrison e Page.Adoniram Judson: Harrison e Judson.
Carlos Finney: Day, Beltz e Finney.

 Também nos inspiraram obras sobre a vida de outros homens de Deus (heróis também) que figuram neste livro:

Jorge Muller
Davi Livingstone
João Paton
Hudson Taylor
Carlos Spurgeon
Pastor Hsi
Dwight Lyman Moody
Jônatas Goforth

Não empregamos aqui a palavra "herói" no sentido pagão, isto é, grandes vultos humanos divinizados. A Bíblia fala de "homens ilustres em valor", "os valentes", "os fiéis", "os vencedores" ...A vida desses homens foi que nos inspirou, com seus sermões ardentes e empolgantes.
Muitos crentes ficam satisfeitíssimos por, apenas, escapar da perdição! Eles ignoram "a plenitude do Evangelho de Cristo" (Romanos 15.29). "A vida em abundância" (João 10.10) é muito mais do que ser salvo, como se vê ao ler as biografias referidas.
Que o exemplo dos Heróis da Fé nos incite a procurar as bênçãos sem medida, citadas em Malaquias 3.10!

O autor

Bibliografia:

BOYER, Orlando. Heróis da Fé – Vinte Homens Extraordinários que Incendiaram o Mundo. 2ª ed. Rio de Janeiro: CPAD. 1986, pgs. 3-5

segunda-feira, 6 de março de 2017

Livro Heróis da Fé - Orlando Spencer Boyer.

Amados quero convidar-vos para uma leitura compartilhada do Livro Heróis da Fé de Orlando Spencer Boyer.



Durante o mês de março estarei publicando neste blog um dos maiores clássicos da literatura evangélica. Vinte capítulos partes do Livro “Heróis da Fé” de Orlando Spencer Boyer. Serão vinte publicações de vinte homens extraordinários que incendiaram o mundo. A cada postagem uma história diferente, uma nova biografia. As verdadeiras histórias de alguns dos maiores vultos da Igreja de Cristo. Heróis como: Lutero, Finney, Wesley e Moody, dentre outros que resolveram viver uma vida de plenitude do evangelho.
Desejo que vossas vidas sejam impactadas, incendiadas, pelos testemunhos de Fé destes Heróis da Fé:
1 - JERÔNIMO SAVONAROLA
2 - MARTINHO LUTERO
3 - JOÃO BUNYAN
4 - JÔNATAS EDWARDS
5 - JOÃO WESLEY
6 - JORGE WHITEFIELD
7 - DAVI BRAINERD
8 - GUILHERME CAREY
9 - CHRISTMAS EVANS
10 - HENRIQUE MARTYN
11 - ADONIRAM JUDSON
12 - CARLOS FINNEY
13 - JORGE MÜLLER
14 - DAVI LIVINGSTONE
15 - JOÃO PATON
16 - HUDSON TAYLOR
17 - CARLOS SPURGEON
18 - PASTOR HSI
19 - DWIGHT LYMAN MOODY
20 - JÔNATAS GOFORTH


Fraternalmente em Cristo,

Missionária Luciene Paiva






quarta-feira, 1 de março de 2017

O Olhar de Jesus - Cecília de Souza

O Olhar de Jesus
Cecília de Souza


Sinto paz, alegria em minha vida
Por que Cristo minha vida transformou.
Eu andava abandonado
Sem ninguém ao meu lado.
Mas o olhar de Jesus me alcançou.

Eu estava caído e desprezado,
Mas a mão de Jesus me levantou.
Muito longe do caminho eu me encontrava,
Mas o olhar de Jesus me alcançou.

Hoje sou uma nova criatura
Para mim tudo novo se tornou.
A tristeza foi-se embora
Mui feliz fico agora
Porque o olhar de Jesus me alcançou.


terça-feira, 8 de novembro de 2016

O Anel do professor




– Professor, eu me sinto um inútil. Não tenho força alguma. Dizem-me que não sirvo para nada… que sou lerdo… um completo idiota. Ajude-me, por favor.
O professor, sem olhá-lo, disse-lhe: – Sinto muito, meu jovem. Você me pegou num dia ruim. Estou tentando resolver um sério problema. Volte outra hora, por favor.
Quando o jovem já ia saindo, o professor lhe propôs: – Bem, se você me ajudasse, eu poderia resolver o meu problema mais rápido, daí a gente poderia conversar…
– C… Claro, professor, gaguejou o jovem, bastante inseguro.
O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno e disse ao garoto: – Monte meu cavalo e vá até o mercado vender este anel. Preciso pagar uma dívida, mas, por favor, não o venda por menos que uma moeda de ouro. Vá correndo e volte o mais rápido que puder.
Mal chegou ao mercado, o jovem começou a oferecê-lo a todos que encontrava. Eles olhavam com algum interesse, mas, quando o jovem dizia quanto pretendia pelo anel, eles riam, volviam-lhe as costas, ignoravam-no. Somente um velhinho, vendo o sofrimento do rapaz, foi simpático com ele, e lhe explicou que uma moeda de ouro era muito dinheiro por aquele anel.
Um outro, tentando ajudar, chegou a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem, seguindo as orientações do seu professor, recusou a oferta.
Abatido pelo fracasso, montou novamente o cavalo e, muito triste, voltou para a casa do professor. Chegou mesmo a desejar ter uma moeda de ouro e comprar aquele anel, mesmo que não valesse tanto, somente para ajudar seu mestre.
Ao entrar na casa, relatou: – Professor, sinto muito, não consegui vender o anel. É impossível conseguir o que o senhor está pedindo por ele. Talvez eu possa conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas, não mais que isso. Não podemos enganar ninguém sobre o valor deste anel.
– Você tem razão, meu amigo. Antes de tentar vender o anel, deveríamos, primeiro, saber seu real valor. Não queremos enganar ninguém, nem ser enganado, não é mesmo? Por favor, faça-me mais uma coisa: Monte novamente o cavalo e vá até o joalheiro; quem melhor do que ele para saber o valor deste anel? Diga-lhe que eu quero vendê-lo e pergunte quanto ele pode ofertar, mas, atenção meu amigo, não importa o quanto ele ofereça, não venda o anel ao joalheiro.
Apenas pergunte o valor do anel e o traga de volta.
Ainda tentando ajudar seu professor, o jovem foi até o joalheiro e lhe deu o anel para examinar. O joalheiro, então, lhe disse: – Diga ao professor que, se ele tem pressa em vender o anel, não posso lhe dar mais do que 8 moedas de ouro…
– 8????? Perguntou o jovem.
– Sim, replicou o joalheiro, posso chegar a lhe oferecer até 10 moedas, mas, só se ele não tiver pressa.
O jovem, emocionado, correu até a casa do professor e contou-lhe tudo. – 8 moedas de ouro, uau! – exclamou o professor, e rindo, zombou: – Aqueles homens no mercado deixaram de fazer um bom negócio, não é mesmo? – Sim, professor, concordou o menino, todo empolgado.
– Então, professor, perguntou o menino, o senhor vai vender o anel por 8 ou por 10 moedas? – Não vou vendê-lo, respondeu ele, fiz isso apenas para que você entenda uma coisa:
– Você, meu jovem, é como esse anel: uma jóia valiosa e única. Mas, somente pessoas sábias podem avaliar seu real valor. Ou você pensava que qualquer um poderia avaliá-lo corretamente? Não! Não importa o que digam de você, o que importa é o seu real valor.
E, dizendo isso, colocou seu anel de volta no dedo.
Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados. Mateus 26:28
– Todos nós somos como esta jóia: únicos e valiosos. Infelizmente, passamos a vida andando por todos os mercados da vida, barateando nosso próprio valor, pretendendo que pessoas mal preparadas nos valorizem.
Vocês foram comprados por alto preço; não se tornem escravos de homens. 1 Coríntios 7:23
Ninguém deveria ter a força de nos fazer sentir inferior, sem o nosso consentimento. Cada um de nós é especial, pois foi Deus que nos fez.

“Não se julguem melhores do que realmente são. Ao contrário, sejam modestos nos seus pensamentos, e cada um julgue a si mesmo conforme a fé que Deus lhe deu”. Romanos 12.3


Fonte: https://bibliacomentada.com.br/

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Remissão, Desculpa e Perdão. Qual Deles é o Maior?



 
Hebreus 9:22 - "E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão."


Por incrível que pareça, o PERDÃO é o mais fraco dos instrumentos de recuperação da honra. O perdão que é tão difícil para nós, consiste tão somente em suspender as cobranças pelos danos causados por outra pessoa ao perdoador.
Uma pessoa pode ser perdoada e sentir-se muito feliz pela restauração da possibilidade de um relacionamento com a vítima. Mas o perdão dado não garante que a vítima deixe de lembrar a culpa do outro. Certamente que o causador do dano estará isento de cobrança, mas a dívida estará sempre diante de seus olhos, dos olhos da vítima e dos olhos de todos.
Já a DESCULPA é um ato de restauração mais forte do que o perdão, porque esta pressupõe que o dano foi recompensado pela parte causadora. Por exemplo, um criminoso que foi julgado e sentenciado não pode ser acusado novamente do crime cometido depois de cumprir a sentença proferida. O cumprimento da sentença faz cair a culpa. Esse é o exato significado da palavra composta do prefixo "des" (desfazer) com a raiz "culpa": Daí que desculpa significa "desfazer a culpa".
Daí que o ato mais forte é a REMISSÃO. A remissão produz como resultado que a culpa seja apagada da memória, como se o dano nunca tivesse sido causado. Remissão é um ato tão forte que não faz parte das rotinas processuais nas sociedades modernas. Nos regimes mais autoritários, como a monarquia ou similares, este ato era previsto, mas só podia ser praticado pela autoridade máxima e em circunstâncias extremamente especiais, mediante a compensação dos danos. Isso significa que a compensação do dano tinha que ser feita pela autoridade que se dispunha a decretar a remissão.
A remissão não pode ser decretada sem que o dano seja compensado. Na prática é como se a remissão fosse a soma do ato de perdão com a desculpa. Mas não podemos esquecer que devido a força do resultado, a remissão só pode acontecer mediante decreto.
Se um monarca decretasse a remissão de algum súdito e aparecessem acusadores pleiteando contra o remido, esses acusadores não estariam mais ultrajando o súdito remido e sim o rei que o remiu. Se chegasse ao conhecimento do rei essa acusação, o acusador teria que pagar a ofensa com sua própria vida.
Assim podemos entender a necessidade do sacrifício do Senhor Jesus na cruz.
Ele poderia simplesmente decretar o perdão dos pecados e já nos deixaria felizes para sempre. Mas o diabo sempre poderia se apresentar diante de Deus para lembrá-lo dos danos causados pelos nossos pecados. Em decorrência de sua Santidade, Deus estaria em dívida por nós. Se fosse tentar pagar os pecados da humanidade com sangue de bode, não haveria rebanho no mundo que pudesse cobrir nossos pecados.
A justiça de Deus é rígida e também inquebrável (no contexto terreno tudo que é rígido é quebrável e tudo que é inquebrável tem que ser dotado de alguma flexibilidade). É por isso que a justiça humana é falha, pois tenta ser rígida, mas quando se volta contra os poderosos, logo acha um ponto de flexibilidade para achar escape para os seus.
Foi nisso que o diabo apostou quando desafiou Deus para um duelo. Ele acreditou que se o filho de Deus viesse à terra como homem comum, não conseguiria escapar de suas tentações. E uma vez que cometesse pecado, seria culpado como qualquer pecador. Daí que Deus inventaria uma fórmula para distorcer suas regras a fim de dar escape para seu filho.
Mas Jesus se expôs além do necessário. Já que veio a terra, Ele não somente passou pela história antropológica sem cometer nem ao menos um pecado (apesar do diabo ter usado todos os seus truques mais eficazes para enredá-lo), como se arriscou perigosamente assumindo o pecado de toda a humanidade.
A estratégia foi de uma inteligência inigualável porque permitiu que o Senhor Jesus cobrisse com seu sangue os pecados de toda humanidade (em todas as épocas e em todos os países). Enquanto o diabo via um pecador sentenciado com a pior sentença possível (morte de cruz), Deus via um filho corajoso correndo o risco de ficar preso no inferno ao assumir o pecado de pessoas que nem sequer haviam ainda se arrependido.
Era como se Jesus estivesse assinando um cheque em branco, onde o valor possa ser preenchido somente depois que o último pecador for restaurado totalmente.
Não se tratava somente de morrer na cruz. Havia necessidade de compensar os danos causados pelos pecados de cada um: danos causados a Deus, danos causados ao mundo e também danos causados ao diabo.
A remissão só seria possível se todas as dívidas fossem quitadas. Era preciso derramar todo o sangue.
Tenho uma boa notícia para dar nesta hora!

Romanos 8.1 diz assim: "Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito."

Sabe o que isso significa?
Que Jesus não somente perdoou, como também desculpou e principalmente remiu.

Hoje podemos dizer: ESTOU REMIDO PELO SANGUE DE JESUS. MEUS ACUSADORES TERÃO QUE ACERTAR CONTAS COM O DEUS QUE ME REMIU.
CONCLUSÃO:

Núm 22:12 Então, disse Deus a Balaão: Não irás com eles, nem amaldiçoarás a este povo, porquanto bendito é.

Ats 10:15 E segunda vez lhe disse a voz: Não faças tu comum ao que Deus purificou.

1Jo 2:1 Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo.




Autor: Pr. Carlos Ribeiro