domingo, 27 de outubro de 2013

Paz Perfeita






“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14.27)

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Em primeiro lugar, Jesus promete a bênção da paz àqueles que passaram pela guerra com o pecado e com a tentação.
O soldado que nunca viu um campo de batalha não pode apreciar realmente o que significa a paz. O homem que nunca colocou toda a armadura de Deus, e lutou com o mundo e, a carne o diabo, não pode entender o que significa a paz de Deus. 
” A ovelha errante que se extraviou muito e que vagou sobre as montanhas escuras entende mais plenamente o terno amor do pastor, a sua paz abençoada para o rebanho.
O filho pródigo que esteve no país distante entre estranhos, que teve fome entre as bolotas, poderia lhe dizer melhor quão preciosa é a paz e a segurança da casa de seu pai.
Muitos filhos têm saído de casa e ido para o mar, ou qualquer outra parte do mundo sozinhos, e quando eles têm percebido as dificuldades e a miséria de sua sorte, têm olhado para trás com tristeza e saudade do passado, e suspiram pela voz de seu pai e pelo terno amor de sua mãe, e confessam: “Eu desejo que eu estivesse em casa novamente.”
Bem, foi para nós e nossa geração que nosso Senhor deu a Sua promessa de paz. A minha paz vos dou”, ”A paz de Deus que excede todo o entendimento guardará os vossos corações e mentes por meio de Cristo Jesus.”, “O fruto do Espírito é paz.” Você vê, então, que esta paz não é de fabricação terrena. Jesus diz: “Não como o mundo a dá, eu vô-la dou.”
O mundo tem um tipo de paz que ele pode dar, mas não é verdadeira e genuína. Ele pode dar a um homem grande riqueza, que pode ensiná-lo a dizer à sua alma que ele tem em depósito muitos bens para muitos anos, que não tem nada para fazer, senão comer e beber e desfrutar de si mesmo; e o mundo chama isso de paz.
O mundo pode dar a um homem prazer e auto-indulgência. Sussurra: coma, beba e seja feliz. Ele manda um homem se afogar na bebida forte, esquecer problemas em excitamentos e dissipação. E ele esquece por um tempo, mas ele não encontra a paz.
O mundo pode dar a um homem um longo período de diversões, prazer frívolo, mas não pode lhe dar paz, senão o esqueleto terrível que se senta na mais brilhante festa. O mundo pode dar a Belsazar seu vinho e concubinas, mas não pode esconder a terrível caligrafia na parede. Para tantas pessoas que vivem de modo mundano, egoísta, a vida sem Deus parece ser uma sentença fantasmagórica na parede do salão de banquetes ou de baile.
O mundo pode, e muitas vezes o faz, dar opiáceos a seus seguidores na forma de dúvida e descrença. Ele zomba da Bíblia, ele zomba no ensino da Igreja de Deus, ele diz às pessoas que, se elas quiserem ser felizes elas não devem crer nestas histórias da carochinha, nestas desgastadas superstições de uma época passada. Ele manda os homens aproveitarem a vida e não se preocuparem com o futuro. Mas tal ensinamento não pode dar a paz. Há momentos em que o mais descuidado e incrédulo é obrigado a ser sério e pensar.
Ele é colocado face a face com o grande mistério da morte, e os outros mistérios de julgamento e a eternidade entram em seus pensamentos, e ele é forçado a responder se a Igreja e a Bíblia estiverem certas depois de tudo, e eu estiver errado? Tal pessoa não conhece a paz.
Não, o mundo pode ser capaz de dar riqueza, ou prazer sensual, ou dissipação, ou esquecimento de problemas, mas não pode dar a paz. Jesus Cristo pode nos dar a paz de Deus que excede todo o entendimento.
E a paz de Deus, que Jesus nos dá, nos faz enfrentar perfeitamente todas as circunstâncias. O mais corajoso dos homens verdadeiramente corajosos é aquele que tem perfeita confiança em Deus e, portanto, não teme o que o homem possa lhe fazer.
Aquele que tem a paz de Deus em seu coração, tem perfeita confiança em Deus, ele se coloca todos os dias nas mãos do Senhor, e sabe que tudo vai ser encaminhado para o melhor.
Ele tem fé perfeita que Deus pode e vai cuidar do mundo a seu modo, e do seu próprio povo. Nada está errado com aquele cuja mente está firme em Deus, e que tem portanto, perfeita paz. Se as riquezas aumentarem ele não terá o seu coração sobre elas, mas dará graças a Deus por enviá-las, e pede para lhe ser mostrada a melhor forma de empregá-las.
Se ele é pobre, ele agradece a Deus pelas coisas que ele tem, e lembra que seu Mestre se fez pobre para enriquecê-lo com o tesouro do céu. Se grandes problemas vêm sobre ele, ele não tenta carregá-los sozinho, ele os compartilha com Deus, ele lança seu fardo sobre o Senhor, sabendo que Ele cuidará de tudo para ele. Se alguém querido está ferido com a doença, ele ora fervorosamente a Deus por ele, e não se sente como um homem sem esperança.
Se o amado é levado ele sente que está tudo bem com ele, e pode dizer que deve ir para estar com ele na glória. Se a dor e a doença vierem a ele, sabe que são, senão os espinhos da coroa do Mestre, enviados para lhe ensinar a ter mais fé e paciência. Se a morte vem para ele a paz não fica perturbada, ele sabe que o Senhor é o seu Pastor, e o levará através do vale da sombra, e morre com a feliz segurança em seus lábios: Eu creio na ressurreição dos mortos, e na vida do mundo vindouro.
Se você ama o Senhor Jesus Cristo com sinceridade Ele lhe dará essa paz, e não há mais motivo para medo. Apenas confie em Deus. Coloque o seu problema na mão do Senhor. Ore duro e confie fortemente. Você diz, talvez eu gostaria de ter esta paz de Deus da qual você me fala. Então peça a Ele. Ninguém nunca pediu uma coisa boa a Deus, que ele não tivesse recebido. Se você quiser a paz, peça por ela, e você a terá. Creia na palavra do Senhor Jesus, “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14.27).


Adaptação: Missionária Luciene Paiva

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Cicatrizes profundas deixadas pela mãe



Num dia quente de verão, um menino decidiu ir refrescar-se na água fria do lago perto de sua casa. Mergulhou e saiu nadando, lago a dentro, sem perceber que um jacaré que dormia na margem, ao ouvir o barulho, acordou e lançou-se à água.
A mãe do garoto também ouviu o barulho do filho nadando e se aproximou da janela. Viu, então, o jacaré dirigindo-se ao filho que não tinha percebido o perigo. Correu desesperadamente para o lago, gritando o mais alto que podia.
Ao ouvir os gritos da mãe, o menino percebeu o jacaré e começou a nadar de volta à margem, o mais depressa possível.
Já estava a poucos metros quando o jacaré o abocanhou pelos pés. A mãe, então, já em prantos numa mistura de desespero e força, entrou na água e puxou o filho pelos braços. Foi uma luta terrível, a mãe puxando de um lado e o jacaré do outro. Era o amor da mãe contra a força bruta do jacaré.
Nessa luta desesperadora, o jacaré feria o menino com seus dentes e sua mãe com suas unhas cortava a pele do garoto,
era o sofrimento em meio a tentativa de sobrevivência.
Um fazendeiro que ouviu os gritos, pegou uma arma, correu até o lago, disparou no jacaré e este soltou a criança.
O menino ficou muito tempo no hospital. Seus pés ficaram cheios das cicatrizes das feridas produzidas pelos dentes do jacaré, e, em seus braços, ficaram marcados os riscos profundos onde as unhas de sua mãe estiveram cravadas no esforço por salvá-lo.
Um repórter de jornal, que entrevistou o menino já na sua casa, perguntou-lhe se podia mostrar as cicatrizes. O menino levantou os pés e mostrou-as. Então, com natural orgulho, disse ao repórter:
- Mas olhe os meus braços. Eu também tenho grandes cicatrizes nos meus braços. Já com lágrimas nos olhos em um gesto de gratidão e carinho disse: Foi minha mãe que fez, ao não deixar que o jacaré me levasse…
As cicatrizes que a mãe havia deixado nele não era apenas no corpo, mas também no coração, ele jamais esqueceria do que sua mãe fez por ele.
*** *** ***
Podemos identificar-nos com esse menino. Nós também temos muitas cicatrizes. As cicatrizes de um passado doloroso, mas, algumas delas foram causadas por Deus que se recusou a nos deixar ir. E, enquanto você puxava para um lado, Ele estava segurando-o, cravando suas unhas em você, para não o perder…

Quando tiver um momento difícil, lembre-se, talvez o que lhe está causando dor, seja Deus cravando-lhe as unhas para não perdê-lo.